Antigamente, se qualquer coisa tivesse o símbolo © significava que todos os diretos do mesmo estavam reservados. Que para qualquer forma de utilização do mesmo, você deveria pedir autorização. Precisaria de um advogado pra isso. E se não tivesse o ©, tudo estaria em domínio público. Porém, no final dos anos 80, nos EUA, as regras mudaram. Independente do uso da letra ©. Toda e qualquer obra, independente de qualidade ou tamanho estaria protegida automaticamente a partir do momento em que passou a existir. Seja ela um texto que você digitou e postou no seu blog, ou então um vídeo que você gravou com seu celular e colocou no youtube. Você não precisa dizer nada, depois da nova regra, está prontamente protegido. Mas, e se você quiser autorizar o uso da sua obra?
Para ficar tudo mais fácil, sem precisar de intermediário, no caso um advogado, para avaliar se aquilo ali está protegido ou não, foi criado o creative commons.
Creative Commons (cc)
Ele ajuda você a dizer pro mundo o que exatamente autoriza que seja feito com sua obra, sem intermediários. Ou então, se você deseja utilizar algum produto (áudio, vídeo, texto) e não sabe se ele é protegido contra cópias ou não, já que mesmo sem o © ele é automaticamente protegido, com o (cc) ficou muito mais fácil. Ele significa que estão permitidas algumas formas de utilização daquele material, ou até mesmo, use tudo, está liberado. Ele não veio para substituir o © e sim para complementar.
Brasil
O Brasil é o país onde se briga e se luta para impedir que cópias piratas sejam feitas. Isso é ruim para a economia e para o governo (que não arrecada impostos). É ruim para o artista, que não vai vender discos. Mas e no Pará? O Pará faz parte do Brasil e lá, com o Tecnobrega (junção de musica brega com eletrônica), algumas coisas estão mudando. A forma que o pessoal que consome esse tipo de música no Pará pensa em relação à pirataria, não é a mesma daqui. Isso se dá devido ao fato de os artistas que produzem o estilo musical serem do local. Fica claro no documentário apresentado em sala, que os artistas (músicos, DJs e cantores) envolvidos com o Tecnobrega estão mais interessados em mostrar sua arte do que ganhar dinheiro com a venda dos CDs. Ganhar dinheiro com o Tecnobrega é nas casas de show, que geralmente ficam lotadas. No meu ponto de vista, o Pará, com o tecnobrega, em muito pouco tempo será uma ameaça ao mercado fonográfico brasileiro. É a evolução de um novo sistema que vai de encontro aos interesses do mercado fonográfico formal.
“Os piratas são os inimigos "número 1" da indústria fonográfica. Mas nem
toda a música do mundo está sendo lançada pela indústria fonográfica.
Portanto, imaginava eu, deveria existir em algum lugar do mundo alguma
música que seria amiga da pirataria. Só não tinha encontrado ainda um
exemplo concreto dessa relação "amigável". Até que fui para Belém, no Pará,
e me apaixonei pelo tecnobrega. Procurei os discos nas lojas de disco, pois
sou do tempo antigo, em que todo mundo comprava discos em lojas de disco.
Nada. Os músicos mesmo me indicaram os camelódromos como os únicos
locais onde poderia encontrar os seus sucessos (Vianna, 2003).”
Escrito por: Patrícia Fagundes
Trabalho solicitado por: Rodrigo Lorenzzo